O atual município de Esperança derivou-se de várias sesmarias, requeridas desde 1713 até 1753, compreendendo a de Lagoa de Pedra, de Umbiguda, Lagoa Verde e a de Banabuié, medindo cada sesmaria três léguas de comprimento por uma de largura. Da sesmaria de Banabuié nasceu à fazenda de igual nome, que perdurou até 1860, dando origem à povoação com a mesma denominação e que começou com uma feira semanal de gêneros alimentícios e, em seguida, com a construção de uma capela, sob o orago de Nossa Senhora do Bom Conselho, numa convergência que dava para as localidades de Campina Grande, via Lagoa de Roça; Pocinhos, via Oriá (atual Areial); Areia, via Lagoa do Remígio; e Alagoa Nova.
O nome da povoação de Banabuié perdurou até 1870. O termo “Banabuié” causa polêmicas e dúvidas junto a comunidade, e o advogado e estudioso João de Deus Melo, disse que em suas pesquisas, encontrou na página 204, do livro “O Tupi, na Geografia Nacional” de Teodoro Sampaio a palavra”Banabuyu” que, na linguagem Tupy, é a junção de Bana/buyu, que significa Brejo ou Pantanal das Borboletas. Ou seja, um pantanal que atrai borboletas. Assim o estudioso observa grande semelhança entre “Bana/buyu” e “Banabuié”. Outra versão: a palavra Banabuié significa “pasta verde” e por verde simbolizar Esperança, decidiu-se colocar o nome “Esperança” no município, quando então foi mudado para o de Esperança pelo missionário capuchinho italiano Frei Venâncio, segundo alguns historiadores; ou pelo missionário Pe. Ibiapina, segundo outros; ou ainda por Frei Herculano, na opinião de uma terceira corrente. Antes de ser denominada de Esperança, recebeu o nome de Boa Esperança, segundo consta de alguns documentos existentes no Cartório Único de Alagoa Nova. Segundo a opinião de Irineu Joffily, devia-se ter conservado o nome indígena de Banabuié, e não ter mudado para o de Esperança sem motivo plausível e por mais auspicioso que fosse.
Assim o português Marinheiro Barbosa edificou próximo ao reservatório chamado Tanque do Araçá, uma casa, no lugar hoje conhecido como Beleza dos Campos, atual Rua Barão do Rio Branco, apossando-se, dessa forma, de toda área da cidade de Esperança. Alguns historiadores dizem que Marinheiro Barbosa não residiu por muito tempo no local, forçado pelos índios, abandonou as terras, e, com a chegada dos irmãos Francisco, Laureano e Antônio Diniz construíram mais três casas de taipa na atual avenida Manoel Rodrigues de Oliveira, outrora Rua Grande e Chã da Bala.