sexta-feira, 27 de novembro de 2009

A Prefeitura Municipal de Esperança tem a honra de Convidar a todos a participarem dos seus 84 Anos



Hino do Município de Esperança

Salve! Salve! Cidade de Esperança,
Tu és linda como a flor da primavera
O teu pendão aos ventos desfraldados.
Oh! Lírio Verde cresce e impera
Tens, cor das plantas, matiz das alvoradas,
Tens luzir de auroras boreais, tens o
Encanto das ninfas e das fadas
E a pureza divina dos rosais,
Tu és o Lírio Verde da Borborema
E os teus filhos terás como heróis
Salve! Salve o teu nome lendário
Que a Esperança paire sobre nós!

...revejo a terra onde vivi criança
e onde joguei meus jogos pueris
a encantadora Vila de Esperança
Cuja recordação me faz feliz...

Silvino Olavo

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

SOLO E VEGETAÇÃO DE ESPERANÇA

Com respeito à fertilidade dos solos é bastante variada, com certa predominância de média para alta. A vegetação desta unidade é formada por Florestas Subcaducifólica e Caducifólica, próprias das áreas agrestes. Nas Superfícies suave onduladas a onduladas, ocorrem os Planossolos, medianamente profundos, fortemente drenados, ácidos a moderadamente ácidos e fertilidade natural média e ainda os Podzólicos, que são profundos, textura argilosa, e fertilidade natural média a alta (CPRM, 2001).
Nas Elevações ocorrem os solos Litólicos, rasos, textura argilosa e fertilidade natural média. Nos Vales dos rios e riachos, ocorrem os Planossolos, medianamente profundos, imperfeitamente drenados, textura média/argilosa, moderadamente ácidos, fertilidade natural alta e problemas de sais. Ocorrem ainda Afloramentos de rochas (CPRM, 2001).

Escola Dom Palmeira (Colégio Diocesano de Esperança)

Em fevereiro de 1958, havendo atritos e intenções contrariadas nas sucessivas direções do Colégio de Esperança, construído ali pelo concurso financeiro de todas as facções políticas locais, o Senhor Bispo Diocesano solicitado pelos elementos pacificastes da mesma cidade de Esperança, e atendendo à generosidade de todos abrindo mão de seus sentimentos partidários políticos, entregaram à Diocese o prédio, que, já anteriormente, fora fundado pelo Monsenhor João Honório de Melo, Vigário, agora da Paróquia de Monteiro, desta Diocese.
Assim, o Senhor Bispo Diocesano, após a assinatura das Escrituras de doação à Diocese e seu respectivo registro no Cartório local, como propriedade desta Diocese, Dom Otávio Barbosa de Aguiar, nomeou o seu primeiro Diretor o Padre Manuel Palmeira que, logo, providenciou a conclusão dos serviços necessários ao seu funcionamento. Concluiu o Colégio Diocesano de Esperança, em 53, iniciou suas aulas, no ano letivo de 1958, com os Cursos Primário e Ginasial. O Ginásio Diocesano de Esperança forma sua primeira turma de 52 alunos no dia 10 de dezembro de 1961, do qual foi diretor durante 21 anos. Como suas tarefas eram muitas, dirigiu a escola paroquial, ao longo destas duas décadas, auxiliado por João de Deus Melo, José Nivaldo e Manuel Vieira, que foram vice-diretores. Além de trabalhar com diversas pessoas de sua confiança para garantir o melhor andamento de seus projetos.
A Escola D. Manoel Palmeira da Rocha é um patrimônio histórico. O prédio é da Paróquia, cedido em comodato a Prefeitura Municipal de Esperança. Funciona desde 1954 – seu fundador Monsenhor João Honório de Melo, Vigário. Antes a escola chama-se Ginásio Diocesano de Esperança – o Diretor o próprio D. Manoel Palmeira. Seu espaço físico é muito grande, típico dos casarões da época, as paredes são bem altas. Na entrada existe o hall, a secretaria, a diretoria e sala dos professores. As salas de aulas são amplas e claras.
Durante muitos anos a professora Hosana Lopes Martins foi diretora da Escola, quando esta chamava-se Ginásio Diocesano de Esperança, muito temida na época por causa de sus austeridade com os alunos. Uma das maiores educadoras da cidade, o exemplo dela ficou para quem sempre se preocupou em ensinar a juventude de sua época.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO BOM CONSELHO

Em 1860, foi fundada uma capela sob a invocação de Nossa Senhora do Bom Conselho, no mesmo local onde se encontra a atual Matriz, no centro da cidade e neste mesmo ano. Segundo livro de tombo (Livro nº 1, fls. 01) da Paróquia de Esperança, consta “que levando em consideração as necessidades espirituais na Povoação de Esperança, Freguesia de Alagoa Nova”, pelo Arcebispo Metropolitano da Paraíba, Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, criou, erigiu e instituiu canonicamente no dia 30 de maio de 1908 a Paróquia de Nossa Senhora do Bom Conselho, sendo desmembrada da Paróquia de Alagoa Nova.
Na mesma data foi designado como primeiro vigário da Paróquia recém criada o Reverendo Francisco Gonçalves de Almeida, nasceu na Freguesia de Senhora Santana de Alagoa Nova –PB em 1871. Eram seus pais, Delfino Gonçalves D’Almeida e Adelaide Irineia de Vasconcellos Monteiro. Ascendeu ao presbiterato em 14 de novembro de 1897, na Catedral de Nossa Senhora das Neves em João Pessoa. Assumiu a Paróquia de Esperança no dia 08 de junho do mesmo ano, sendo empossado pelo vigário de Alagoa Nova, padre Jerônymo César auxiliado pelo Padre Ignácio Ibiapina Sobral, que a dirigiu até 1913.
Sendo Substituído pelo Padre José Vital Ribeiro Bessa, que nasceu em Mamanguape – PB, a 28 de Abril de 1887. Seus pais eram José Ribeiro Bessa e Joana Tavares Bessa. Entrou no Seminário da Paraíba em 01 de Fevereiro de 1902 onde fez todo o seu cuso eclesiástico, ascendendo ao presbiterado em 12 de fevereiro de 1911, na Igreja Catedral de Nossa Senhora das Neves, em João Pessoa. Foi Coadjutor do Vigário de Serraria e Capelão de Pilões – PB (1912), Vigário de Areia – PB (de junho a novembro de 1913). Vigário substituto de Guarabira. Ficou a frente da paróquia de Esperança de 1913 até 22 de janeiro de 1922. No seu período de vigário foi construída a Casa Paroquial. Foi Vigário de Umbuzeiro –PB (1922 -1934), Vigário de Pirpirituba – (1934 – 1941), Vigário de Alagoa Grande – PB (1941 – 1945), Vigário de Baía da Traição- PB (1945 – 1960) . Faleceu em 26 de abril de 1974 no Hospital de Rio Tinto – PB e sepultado no Cemitério de Mataraca – PB. Seus restos mortais foram trasladados para a Igreja Bom Jesus da Paróquia de Mataraca – PB.
Em seguida foi à vez do Padre José Borges de Carvalho , nasceu em Alagoa Nova Pb, a 27 de junho de 1896. Eram seus pais Manoel Francisco Borges e Maria Magdalena de Carvalho Borges. Viveu sua infância no Engenho Cipó, de propriedade de seus pais, no município de Areia – PB. Entrou no Seminário da Paraíba, ascendendo ao presbiterato em 02 de fevereiro de 1919, na Capela do Seminário, em João Pessoa. Foi vigário da Paróquia de Bananeiras – PB (1919 – 1922). Em seguida veio para Esperança e ficou no cargo até maio de 1929. sendo posteriormente Vigário de Sousa , Santa Luzia e Alagoa Nova todas no Estado da Paraíba. Faleceu na Clinica Santa Clara em Campina Grande - PB, no dia 23 de fevereiro de 1980.
O padre Álvaro Gabino de Carvalho, que sucedeu o Padre José Borges de Carvalho, nasceu em Alagoa Grande –PB, em 1905. Eram seus pais Abílio Cavalcante de Carvalho e Alice Gabino de Carvalho. Ascendeu ao presbiterato em 17 de novembro de 1929, da Igreja da Catedral de Nossa Senhora das Neves, em João Pessoa, em Esperança sucedeu o Padre José Borges e ficou na paróquia de março de 1930 a 23 de janeiro de 1933.
O Monsenhor Francisco Severiano de Figueiredo. Nasceu em Caicó – RN, a 09 de novembro de 1872. eram seus pais, Luiz Emeliano de Giguêdo e Izabel Maria de Jesus. Iniciou seus estudos no Seminário de Olinda – PE em 1894, transferiu-se para o Seminário da Paraíba, ascendendo ao presbiterato em 06 de novembro de 1898, na Igreja Catedral de Nossa Senhora das Neves, em João Pessoa. Foi Vigário de Acari – RN (1899 – 1901). Diretor Espiritual do Seminário de Natal – RN (1901), Vigário Interino da Paróquia de Nossa Senhora da Apresentação, em Natal – RN (1905 – 1906). Em João Pessoa foi Vigário da Catedral de Nossa Senhora das Neves, Professor do Lyceu Paraibano e Colégio Diocesano Pio X, aposentando em 1932. Foi o vigário que construiu a bela Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, reformou a Igreja e ainda mosaicou, permanecendo no cargo até junho de 1935. O zelo dos Vigários introduziu na Paróquia trabalhos de vulto, não somente na ordem material, mas, sobretudo no plano religioso. Assim é que a Matriz é considerada como uma das mais belas da Diocese de Campina Grande. Foi colaborador do jornal A Imprensa. Publicou obras como: A Diocese da Parahyba (Parahyba do Norte: TYP. Da Imprensa). Annuario Eclesiástico da Parahyba do Norte (Parahyba do Norte: Torre Eiffel, 1919, v I e II). E ainda Gramática Latina e alguns folhetos contendo sermões e divulgação católica. Faleceu a 23 de março de 1936, no Hospital Santa Izabel, em Salvador – Ba, sendo sepultado na mesma cidade.
O Cônego João Honório de Melo, nasceu em Cruz do Espírito Santo, em junho de 1906. Eram seus pais, Antônio Honório de Melo e Anna Moreira de Vasconcelos. Ascendeu ao presbiterato em 08 de dezembro de 1928, na Igreja Catedral de Nossa Senhora das Neves, em João Pessoa. Quando Vigário da Paróquia, além da reforma externa, a dotou de elegante construção para sede das Associações Religiosas. Sacristia e Secretaria da Paróquia. Cuidou do forro, colocou na Torre um Relógio, fez a instalação elétrica, adquiriu um Sacrário de metal e alfaias, empregando em tudo isso cerca de Cr$ 150.000,00.
Na sua administração tratou com muito carinho o setor da instrução. A paróquia mantinha seis escolas ás custas próprias com uma matricula de 350 alunos. Em 1949 três escolas passaram a ser sustentada pela prefeitura. O ensino secundário, também sob seus auspícios, iniciou a construção do Ginásio Diocesano para meninos, cuja obra foi orçada em Cr$ 700.000,00 preocupando o vigário. Permaneceu na paróquia de junho de 1935 até 20 de janeiro de 1951.
Após a saída do Cônego João Honório foi sucedido por Dom Palmeira (ver biografia), que ficou no cargo até junho de 1980, que contou também com os vigários cooperadores Padre João Bosco (1960/1961) e Padre Antônio Apolinário (1962). Com a saída de Dom Palmeira a paróquia foi sucedidas pelos seguintes padres: Frei Antônio José de Oliveira (04 de janeiro de 1981 à março de 1982). Pe. José de Ribamar Ericeira Nunes (19 de dezembro de 1982 à 10 de maio de 1987). Padres: Patrício Connelly e Bernardo Daly (21 de maio de 1988 à 11 de novembro de 1992).
Pe. José Assis Pereira Soares , Il de 1959, na nascido aos 14 de abril de 1959, na cidade de Campina Grande-PB. É formado em Direito pela Universidade de Olinda, e em Teologia pelo Instituto de Teologia do Recife (ITER). Fez Especialização em História da Igreja e Liturgia pela Feculdade de Assunção em São Paulo).
Foi ordenado padre no dia 04 de outubro de 1983, por Dom Luis Gonzaga Fernandes. De 1984 a 1992, foi pároco da Paróquia de Nossa Senhora da Graças em Campina Grande e coordenador da Pastoral da Diocese. Reitor do Seminário Propedêutico Nossa Senhora das Neves em Esperança-PB. Desde 1991, é professor de Liturgia no Seminário Arquidiocesano da Paraíba e no Seminário Diocesano de Campina Grande. De 1992 a 2000 foi pároco da Paroquia Nossa Senhora do Bom Conselho em Esperança-PB. Desde 1999, é Reitor do Seminário Diocesano São João Maria Vianney. Paroco desde 2006 da Paróquia de São Sebastião, no bairro do Alto Branco em Campina Grande. É também membro do Conselho Presbiteral do Colégio de Consultores e do Conselho da Diocese de Campina Grande.
Pe. Damião Ferreira dos Santos (15 de setembro de 2000 à 04 de outubro de 2004). Pe. José Alexandre Moreira (1O de novembro de 2004...). Atual pároco de nossa cidade, juntamente com o Pe. João Lira.

RELIGIÃO

A cidade de Esperança dispõe do Convento São Francisco de Assis, fundado em 1961. Neste mesmo ano chegaram da vindas da Holanda as irmas Hermenegilda, Terezinha e Batista. Elas realizaram um trabalho social junto a comunidade carente, principalmente na Saúde, na Educação e Trabalhos Manuais. Nos dias atuais o convento, não tem mais a mesma atuação, para o qual foi, erguido. Há alguns anos atrás, foi palco de um disputa, entre o paracó da época, que queria introduzir no local um seminário diocesano, e as pessoas que eram contra a tal intenção. Isto gerou um tremendo mal estar na cidade, e terminou com a saída do padre José Assis, hoje diretor do Seminário na cidade de Campina Grande.
A Igreja Evangélica Congregacional de Esperança, foi implantada em 1922, no sitio Carrasco, na casa de Antônio Rodrigues. Em seguida, veio se instalar na Rua Antenor Navarro, sob a responsabilidade do Reverendo Matthews, depois mudou-se para a Rua Joao Pessoa, com a cooperação do Pastor Júlio Leitão de Melo.
Um Templo Evangélico é construído, na Rua Matias Albuquerque, 58, e inaugurado no dia 18 de novembro de 1949, e contava com 30 membros, e 25 crianças estudando a palavra de Deus. A Igreja Evangélica Assembléia de Deus, foi fundada em 29 de outubro de 1961, os trabalhos tiveram inicio à rua São Sebastião, 178, e seu templo inaugurado em dezembro de 1973, tendo como pastor Edgar Araújo, e como representante da cidade Eduardo Luiz da Silva.

ASPECTOS HISTÓRICOS

Lamentavelmente, vários edifícios históricos de nossa cidade foram demolidos, como exemplo, o prédio onde funcionou a primeira sede do Poder Executivo local, situado à rua Manoel Rodrigues de Oliveira, onde hoje funciona a Farmácia Oliveira. Em 1934, o então prefeito Theotônio Tertuliano da Costa construiu um prédio próprio para a Prefeitura, onde hoje está situado o prédio do INSS.
Existe um Casarão situado à rua Manoel Rodrigues de Oliveira, construído por Theotônio Tertuliano da Costa, onde hoje funciona a Secretaria de Educação e Cultura. A casa mais antiga de Esperança, segundo o advogado João de Deus Melo, pertence a sua família e foi construída há mais de 100 anos, tendo como primeiro morador o Sr. Benevenuto Maceió, fica localizada na saída para Campina Grande. Na cidade de Esperança existe um obelisco em homenagem a Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, construído em 1925, em virtude de uma promessa feita pela esposa do Manoel Rodrigues prefeito da época, para curar um surto cólera-morbo que afetava a cidade e principalmente seus familiares.
O prédio onde funcionava o Cine São José e o casarão onde morou o prefeito Manoel Rodrigues de Oliveira foram vendidos e destruídos e no local hoje funciona a sede do Banco do Brasil, local que poderia ser melhor aproveitado pela população local, mas infelizmente a maioria dos nossos governantes não pensam no bem da população mas apenas em si mesmo, na época apenas uma voz foi contra a demolição dos dois prédios foi João de Deus Melo, advogado e historiador esperancense.

MASSABIELE

O Distrito de Massabielle teve como fundador o senhor José Vieira, que antes se chamava de Capeba ou como alguns chamava de Lagoa das Caieiras. Era um lugar quase desabitado, só morava uma viúva que vivia sozinha em uma casa de taipa. Logo depois veio morar mais um morador de nome Francisco Ezequiel Vieira, e posteriormente Pedro Lariz dos Santos e finalmente José Vieira.
Foi José Vieira que começou a lutar pelo desenvolvimento de Massabielle. A população crescia, e faltava quase tudo, água, energia elétrica, e nem Igreja ainda tinha. José Vieira fez uma doação de um salão onde rezava o terço e as missas. Em junho de 1958 foi, foi escolhido o local capela de então Monsenhor Palmeira.
Como nome para ser padroeira dessa capela foi escolhido o nome de Nossa Senhora de Lourdes, que naquele ano completava 120 anos de aparição à Bernadete, na França, e pelo lugar ser chamado de Massabielle, que em francês significa “um lugar velho” ou “um serrote”.. Por ser um alugar pobre, sem água, sem luz elétrica e parecido com um serrote. Foi pora homenagear esse lugar, sem água. Luz elétrica, que Monsenhor Palmeira botou o nome de Massabielle.
Continuaram os trabalhos da capela e no dia 10 de fevereiro de 1959, cobriram a capela, e no dia 11 do mesmo mês ‘as 10 horas da manhã foi celebrada a primeira missa, e ás 17 horas do mesmo dia chegou a imagem da padroeira á capela.
O senhor José Vieira com seu esforço e ajuda do poder público e das comunidades vizinhas, construíram açudes, tanques, um grupo escolar, posto de saúde e tem também energia elétrica. Hoje Massabielle se orgulha de seu passado e sonha com um futuro melhor.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A HISTÓRIA (PARTE II)



O atual município de Esperança derivou-se de várias sesmarias, requeridas desde 1713 até 1753, compreendendo a de Lagoa de Pedra, de Umbiguda, Lagoa Verde e a de Banabuié, medindo cada sesmaria três léguas de comprimento por uma de largura. Da sesmaria de Banabuié nasceu à fazenda de igual nome, que perdurou até 1860, dando origem à povoação com a mesma denominação e que começou com uma feira semanal de gêneros alimentícios e, em seguida, com a construção de uma capela, sob o orago de Nossa Senhora do Bom Conselho, numa convergência que dava para as localidades de Campina Grande, via Lagoa de Roça; Pocinhos, via Oriá (atual Areial); Areia, via Lagoa do Remígio; e Alagoa Nova.
O nome da povoação de Banabuié perdurou até 1870. O termo “Banabuié” causa polêmicas e dúvidas junto a comunidade, e o advogado e estudioso João de Deus Melo, disse que em suas pesquisas, encontrou na página 204, do livro “O Tupi, na Geografia Nacional” de Teodoro Sampaio a palavra”Banabuyu” que, na linguagem Tupy, é a junção de Bana/buyu, que significa Brejo ou Pantanal das Borboletas. Ou seja, um pantanal que atrai borboletas. Assim o estudioso observa grande semelhança entre “Bana/buyu” e “Banabuié”. Outra versão: a palavra Banabuié significa “pasta verde” e por verde simbolizar Esperança, decidiu-se colocar o nome “Esperança” no município, quando então foi mudado para o de Esperança pelo missionário capuchinho italiano Frei Venâncio, segundo alguns historiadores; ou pelo missionário Pe. Ibiapina, segundo outros; ou ainda por Frei Herculano, na opinião de uma terceira corrente. Antes de ser denominada de Esperança, recebeu o nome de Boa Esperança, segundo consta de alguns documentos existentes no Cartório Único de Alagoa Nova. Segundo a opinião de Irineu Joffily, devia-se ter conservado o nome indígena de Banabuié, e não ter mudado para o de Esperança sem motivo plausível e por mais auspicioso que fosse.
Assim o português Marinheiro Barbosa edificou próximo ao reservatório chamado Tanque do Araçá, uma casa, no lugar hoje conhecido como Beleza dos Campos, atual Rua Barão do Rio Branco, apossando-se, dessa forma, de toda área da cidade de Esperança. Alguns historiadores dizem que Marinheiro Barbosa não residiu por muito tempo no local, forçado pelos índios, abandonou as terras, e, com a chegada dos irmãos Francisco, Laureano e Antônio Diniz construíram mais três casas de taipa na atual avenida Manoel Rodrigues de Oliveira, outrora Rua Grande e Chã da Bala.

HISTÓRIA DE ESPERANÇA (Parte I)



História de Esperança originou-se de uma aldeia dos índios Banabuié, da tribo dos Cariri ou Tapuias (que a princípio viam no litoral paraibano, mas com quando da chegada dos Potiguara (foram expulsos e fugiram para o interior), cuja aldeia subsistiu até o início do século XVIII, quando então foram dominados pelos portugueses e a partir daí, passaram a viver harmoniosamente em miscigenação.
Cariri ou tapuia (estranho) ou língua travada - ramo dos tapuias. Ao serem expulsos do litoral, e ao se fixarem no interior, dividiram-se em tribos: Sucurus, Bultrins, Ariús ou Árias, Pegas, Panatís, Coremas, Icós e Banabuié. Eram atrasados e viviam da caça e pesca. Eram nômades. Não se preocupavam muito com a agricultura. Eram altos, mais altos que outras tribos com os potiguaras e os tabajaras. E tão velozes, que poderiam desafiar um cavalo.
Furavam também o lábio inferior, as bochechas e as orelhas. Colocavam nos furos pedras bonitas, osso ou madeira. Dormiam também em redes, aliás, redes enormes. Andavam nus. As mulheres eram muito bonitas e obedientes aos seus maridos.
Eram ferozes. Não tinham nenhuma noção de Deus. Tinham também os seus feiticeiros ou pagés. Esses invocavam o espírito de um tapuia e resolviam com o espírito os problemas da tribo. Cada tribo tinha o seu rei. Janduí era o rei da Nação Cariri que ocupava parte da Paraíba e Rio Grande do Norte. Sabe-se também que existiam os reis Carapoto e Caracará (irmão de Janduí). Os reis eram distinguidos dos demais, pois tinha os seus cabelos cortados em forma de coroa e só eles podiam deixar crescer as unhas dos polegares.
Os seus costumes são considerados mais exóticos do que os dos potiguaras e tabajaras. Praticavam a eutanásia. Se um tapuia estava mal e para ele não havia cura, matavam-no e o comiam. O morto não podia ser melhor guardado do que dentro deles, seus companheiros. Se o rei morria, só os seus parentes e principais da tribo podiam comê-lo. Esse ato não é considerado a antropofagia que outros índios praticavam com os inimigos, mas um ato de amor. Ao comerem seus mortos, eles choravam e se lamentavam.
Quando os rapazes estavam na idade de casar iam cantar ao redor do acampamento. As moças também cantavam e dançavam e nesse grupo fazia a sua escolha amorosa. Também, como na nação tupi, os rapazes eram submetidos a provas duras. O rei os convocava para caçadas, exercícios pesados além de os treinarem para serem valentes guerreiros. As mães educavam as filhas e eram responsáveis pela castidade das mesmas.Gostavam muito de caju. Há historiadores que designam os índios como preguiçosos e pusilânimes. O certo é que não sabemos em que se basearam tal conceito. Nossos índios sempre foram dados a guerras e as armas, mas também tinham o espírito livre e não gostavam quando eram feitos prisioneiros. Tinham nascido na selva e este era seu lugar