sexta-feira, 30 de outubro de 2009

HISTÓRIA DE ESPERANÇA (Parte I)



História de Esperança originou-se de uma aldeia dos índios Banabuié, da tribo dos Cariri ou Tapuias (que a princípio viam no litoral paraibano, mas com quando da chegada dos Potiguara (foram expulsos e fugiram para o interior), cuja aldeia subsistiu até o início do século XVIII, quando então foram dominados pelos portugueses e a partir daí, passaram a viver harmoniosamente em miscigenação.
Cariri ou tapuia (estranho) ou língua travada - ramo dos tapuias. Ao serem expulsos do litoral, e ao se fixarem no interior, dividiram-se em tribos: Sucurus, Bultrins, Ariús ou Árias, Pegas, Panatís, Coremas, Icós e Banabuié. Eram atrasados e viviam da caça e pesca. Eram nômades. Não se preocupavam muito com a agricultura. Eram altos, mais altos que outras tribos com os potiguaras e os tabajaras. E tão velozes, que poderiam desafiar um cavalo.
Furavam também o lábio inferior, as bochechas e as orelhas. Colocavam nos furos pedras bonitas, osso ou madeira. Dormiam também em redes, aliás, redes enormes. Andavam nus. As mulheres eram muito bonitas e obedientes aos seus maridos.
Eram ferozes. Não tinham nenhuma noção de Deus. Tinham também os seus feiticeiros ou pagés. Esses invocavam o espírito de um tapuia e resolviam com o espírito os problemas da tribo. Cada tribo tinha o seu rei. Janduí era o rei da Nação Cariri que ocupava parte da Paraíba e Rio Grande do Norte. Sabe-se também que existiam os reis Carapoto e Caracará (irmão de Janduí). Os reis eram distinguidos dos demais, pois tinha os seus cabelos cortados em forma de coroa e só eles podiam deixar crescer as unhas dos polegares.
Os seus costumes são considerados mais exóticos do que os dos potiguaras e tabajaras. Praticavam a eutanásia. Se um tapuia estava mal e para ele não havia cura, matavam-no e o comiam. O morto não podia ser melhor guardado do que dentro deles, seus companheiros. Se o rei morria, só os seus parentes e principais da tribo podiam comê-lo. Esse ato não é considerado a antropofagia que outros índios praticavam com os inimigos, mas um ato de amor. Ao comerem seus mortos, eles choravam e se lamentavam.
Quando os rapazes estavam na idade de casar iam cantar ao redor do acampamento. As moças também cantavam e dançavam e nesse grupo fazia a sua escolha amorosa. Também, como na nação tupi, os rapazes eram submetidos a provas duras. O rei os convocava para caçadas, exercícios pesados além de os treinarem para serem valentes guerreiros. As mães educavam as filhas e eram responsáveis pela castidade das mesmas.Gostavam muito de caju. Há historiadores que designam os índios como preguiçosos e pusilânimes. O certo é que não sabemos em que se basearam tal conceito. Nossos índios sempre foram dados a guerras e as armas, mas também tinham o espírito livre e não gostavam quando eram feitos prisioneiros. Tinham nascido na selva e este era seu lugar

2 comentários:

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  2. Texto rico. Com algumas afirmações questionáveis, mas está de parabéns. Sofre de um mal comum a todos nós profissionais que, durante o dia e até à noite trabalhamos (sem esquecer do fim-de-semana), ficando a madrugada para esse tipo de produção. Assim, palavras se repetem, faltam ou estão incompletas, duas estão no lugar onde bastava uma. Sugiro a criação de um espaço colaborativo no google docs, onde mais de um de nós pode revisar o texto antes da publicação no blog.

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